A campanha de 2018 chega ao fim no RN.
Foi uma das menos empolgantes de todos os tempos. O estado tinha a tradição do alvoroço nas ruas, em época eleitoral. Esse ano, tudo aconteceu ao contrário. Na capital e demais cidade mal se sabia que era época de eleição. Não se viam cartazes, bandeiras, ou grupos empolgados.
Nos comícios pouquíssima vibração. Apenas, os esforços dos marqueteiros para mostrarem imagens não verdadeiras. Marasmo geral, salvo exceções pontuais e em dias determinados. Esse diagnóstico coloca dúvidas sobre quem ganhará a eleição e se haverá ou não segundo turno para governador.
As pesquisas se contradizem e algumas foram notoriamente “encomendadas” para demonstrarem falso e ilusório crescimento eleitoral de candidatos, sobretudo ao senado. Na disputa de governador, Fátima e Carlos Eduardo disputarão o segundo turno, se houver. É provável que aconteça, mas não há segurança.
Talvez, a queda de Haddad, a nível nacional, prejudique Fátima, que lidera as pesquisas. Nessa hipótese, a candidata do PT não navegará, certamente, em águas tranquilas no segundo turno. Será uma nova eleição, com características totalmente diferentes do primeiro turno. Começa pelo desgaste do PT, com a queda crescente de Haddad e o aumento de sua rejeição, aproximando-se de Lula.
Com Fátima, no RN, poderá ocorrer o mesmo fenômeno.Embora a rejeição dela seja reduzida, poderá ser infectada pela rejeição nacional ao PT e à Lula, segundo mostram as pesquisas. Haddad foi assim. Tinha pouca rejeição e hoje aumenta geometricamente.
Outra circunstância possível no RN seria a “migração” natural de votos hoje dados à Robinson Faria para Carlos Eduardo, embora os dois sejam ferrenhos adversários. O eleitor poderá pensar diferente: votaria em Carlos Eduardo para evitar a vitória do PT.
Além do mais, Haddad afastando-se do Palácio do Planalto, muita gente que se aproximou de Robinson por gostar de “governo”, também não votará em Fátima, que ficaria isolada do governo federal com a vitória de Bolsonaro. Na disputa de senador, o quadro é indefinido.
Há prognósticos, mas não certezas. Percebe-se que os candidatos Geraldo Melo e Garibaldi Alves (sobretudo os seus suplentes) encaram a eleição como algo decisivo para galgarem um lugar no espaço político local, satisfazendo as suas carreiras políticas e vaidades pessoais.
Lutam desesperadamente, acreditando até em “fakes”, que eles mesmo propagaram nos últimos dias. Stevenson e Zenaide jogam como alguém que apostou na Mega Sena e acredita em ganhar.
Colocam-se como opções: Stevenson numa campanha sui generis, em que não aparece nem no horário eleitoral, mas visitou todos os municípios do Estado e fez reuniões acerca de um projeto social que mantém em Natal. Zenaide aposta na “sorte” e no prestígio do PT, através de Haddad e Fátima. Nesse ponto, tudo poderá acontecer, até Zenaide se dá bem e eleger-se Senadora.
É esse o quadro geral do RN para o próximo domingo. Vamos aguardar a voz e o pronunciamento popular.
Por Ney Lopes
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