Na primeira semana antes do segundo turno, o candidato petista Fernando Haddad não conseguiu fechar as alianças da pretendida “frente democrática” e deixou de lado as agendas de rua que vinha fazendo, passando a se dedicar a reuniões com o comando da campanha em busca de uma estratégia para superar a vantagem de Bolsonaro, e às gravações para o horário eleitoral. O programa agora é diário e tem cinco minutos de duração, quase o dobro do primeiro turno. Serão 13 até a disputa eleitoral, além das inserções exibidas ao longo da programação.
Numa estratégia desenhada para ser implantada de forma casada com a adesão de integrantes de outras correntes políticas, a campanha trocou as cores principais do material de campanha, reduzindo o vermelho e aumentado o verde, o amarelo e o azul. O slogan passou a ser “Brasil para Todos” em substituição ao “Brasil Feliz de Novo”, que remetia aos anos Lula. O líder petista, que está preso em Curitiba, também perdeu destaque na campanha.
DUAS SEMANAS – O PT terá agora apenas duas semanas para tentar reverter a situação. Pesquisa Datafolha divulgada na última quarta-feira mostrou Bolsonaro com 58% dos votos válidos, e Haddad com 42%. A aposta será toda nos ataques duros ao capitão reformado, que começaram a ser adotados pelo presidenciável petista em entrevistas e no horário eleitoral.
A ideia é ligá-lo aos episódios de violência registrados nos últimos dias e destacar o medo no eleitor de um eventual governo da candidato do PSL. Declarações do adversário contra o Bolsa Família e direitos dos trabalhadores também serão exploradas.
Nesta segunda-feira, o candidato deve aproveitar o Dia do Professor e fazer uma agenda com representantes da categoria em São Paulo. Faz parte da estratégia destacar a vida de Haddad como professor. Até assumir a candidatura, ele dava aulas no Insper, em São Paulo.
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