A assessoria do PROS divulgou uma nota nesta sexta-feira na qual o presidente do partido, Eurípedes Júnior , se diz surpreso com a decisão judicial que decretou sua prisão nesta quinta-feira, e nega ter envolvimento com a prefeitura de Marabá (PA) e com a gestão do ex-prefeito João Salame .
Eurípedes Júnior, que encontra-se foragido, afirmou no texto que estará à disposição da justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários. No entanto, a assessoria do partido não soube informar o que deve ser feito ou se ele irá se entregar. Ele é um dos alvos centrais da Operação Partialis, que investiga desvio de dinheiro da prefeitura de Marabá. A ordem de prisão foi expedida pela 2ª Vara da Justiça Federal do Pará.
AUSÊNCIA DE PROVAS – Na nota, Júnior argumenta ainda que o Ministério Público, autor da ação penal, teria se posicionado contra qualquer pedido de prisão por ausência de provas contra ele e diz que nunca se negou a prestar qualquer esclarecimento à Justiça.
“Estou surpreso com a decisão judicial, por não ter qualquer relação com os escândalos apontados na prefeitura de Marabá e por nunca ter me negado a prestar qualquer esclarecimento quando demandado pela Justiça. O que mais encabula nessa situação é que o próprio Ministério Público, que é o autor da ação penal, se pronuncia contrário a qualquer pedido de prisão por entender que não há provas contra mim e, durante as matérias que repercutiram na imprensa, nada se viu quanto ao parecer do MP” – diz o presidente, na nota.
SUBORNO – Desde ontem a PF tenta prender Eurípedes Júnior. Pelas informações da polícia, o presidente do PROS faria parte do grupo do ex-prefeito de Marabá suspeito de facilitar pagamentos da prefeitura em troca de propina. Só em um dos casos, os investigadores descobriram indícios de um suborno de R$ 100 mil.
O PROS alega que sua menção na operação dá-se ao fato de o partido ter adquirido uma aeronave no estado do Pará. Segundo eles, a aeronave foi comprada seguindo todos os tramites legais e já foi até vendida pelo partido, que informou a venda à Justiça Eleitoral. O partido negou qualquer envolvimento da legenda e de seu presidente em atos ilícitos.
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