Por Valdo Cruz

O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, promete adotar uma política econômica liberal, sem surpresas nem choques, caso vença a eleição presidencial no próximo domingo (27). Seu guru econômico, Paulo Guedes, costuma dizer a seus interlocutores que suas ideias são conhecidas, baseadas na liberal democracia, e que o programa de Bolsonaro não trará nenhum choque na economia.

Um dos principais focos será o controle de gastos do governo, na busca de evitar que o Estado tire poupança do setor privado. Nessa área, a reforma da Previdência, sempre defendida por Paulo Guedes nos últimos anos, terá prioridade logo no início dos trabalhos de transição de governo caso o candidato do PSL confirme seu favoritismo nas urnas.

A independência do Banco Central também faz parte do programa liberal que Paulo Guedes desenha para ser implementado por Jair Bolsonaro. A ideia vai além do modelo atual, de autonomia operacional, com uma independência aprovada em lei. A intenção é que os diretores tenham mandato de quatro anos, não coincidentes com o do presidente da República.

A montagem da futura equipe econômica ainda não começou, apesar de alguns nomes serem cogitados entre aliados de Bolsonaro.

O candidato já disse que essa será uma missão de Paulo Guedes, que há alguns meses comentou com interlocutores que não descarta aproveitar nomes hoje no governo Temer. Nessas conversas, ele costumava fixar dois critérios: motivação para integrar o próximo governo e um bom trabalho já apresentado na função.

 

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