Ministério da Economia vai reunir Indústria e Comércio, e Meio Ambiente ficará com Agricultura



O economista Paulo Guedes , indicado para ministro da área econômica do governo de Jair Bolsonaro , disse nesta terça-feira que a área econômica terá apenas uma pasta: a da Economia. A estrutura englobará a Fazenda, indústria e comércio exterior. A decisão contraria o que Bolsonaro havia dito em campanha, após críticas do setor. O futuro ministro e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para a Casa Civil, também confirmaram que as pastas de Agricultura e Meio Ambiente serão reunidas.

As informações foram passadas pelos dois após a primeira reunião da equipe do presidente eleito. O novo governo está dividido entre 15 e 16 pastas. Eles não informaram sobre qual ministério ainda estão em dúvida. A união dos ministérios da Fazenda e da Indústria e Comércio foi criticada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e por outras entidades do setor. Questionado sobre as críticas do setor, Paulo Guedes ironizou o pedido de incentivos fiscais das empresas.

— Nós vamos salvar a indústria brasileira, apesar dos industriais — afirmou.

O ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno, que vai integrar a equipe de transição, informou que já estão definidos os nomes para cerca de 80% dos ministérios.

— Hoje já foram decididos alguns nomes, teve um significativo avanço. Em torno de 80% dos ministérios já definidos por questão estratégica nossa vamos passar os nomes un pouquinho mais pra frente – disse Bebianno, após reunião da cúpula do governo eleito.

Bolsonaro já confirmou dois nomes para o ministério, além de Paulo Guedes: Onyx Lorenzoni para a Casa Civil e general Augusto Heleno para a Defesa. Em vídeo publicado no Facebook nesta terça-feira, o astronauta Marcos Pontes revelou que assumirá a pasta de Ciência e Tecnologia.

Na segunda-feira, o presidente eleito disse que vai convidar o juiz Sergio Moro para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) ou o Ministério da Justiça. Bolsonaro informou que ainda não procurou o magistrado, mas ressaltou que quer agendar a conversa em breve. A interlocutores, o juiz diz que não descarta participar do governo de Bolsonaro.

Pelo menos duas vagas na Corte serão abertas nos quatro anos de mandato do capitão da reserva, com as aposentadorias compulsórias dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello.

Fonte: O Globo

 

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