O próximo governo precisa enfrentar o desequilíbrio entre as receitas e as despesas, que impede o Rio Grande do Norte de retomar os investimentos públicos. Essa percepção está presente nos depoimentos de quatros ex- secretários de Planejamento e Finanças que foram convidados a responder “qual o maior desafio do governo que inicia em primeiro de janeiro de 2019”, quando a senadora Fátima Bezerra toma posse.
Jaime Mariz, que foi secretário de Planejamento no governo Garibaldi Filho, lembra que o desajuste fiscal implica em atrasos nos pagamentos de salários e dos contratos com fornecedores. Para ele, é indispensável uma ousada política tributária que atraia empresas para o Rio Grande do Norte.
Abelírio Rocha, que esteve à frente da área de Planejamento e Finanças no primeiro período do governo Garibaldi, afirma que quem está à frente do Estado deve priorizar a retomada do crescimento e não a permanência no poder.
Enquanto isto, Vagner Araújo, que ocupou o cargo no Governo Wilma, alerta que um possível descompasso entre os governos federal e estadual deve ser superado, porque há um volume expressivo de recursos que, para serem transferidos, dependem das decisões de Brasília.
Para Obery Rodrigues, que foi secretário de Planejamento e Finanças no governo Rosalba Ciarlini, será indispensável resolver o problema provocado pelos gastos crescentes com pessoal. “As despesas com inativos e pensionistas cresceram de uma forma absolutamente insustentável”, destaca.
Fonte: Tribuna do Norte
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