O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, complicou a rotina de Dilma Rousseff . Ao enviá-la para o banco dos réus junto com os companheiros Lula, Palocci, Mantega e Vaccari, o magistrado obrigou a ex-gerentona a ajustar sua coreografia. A pose de flor do lodo perdeu o prazo de validade.
Arma-se sobre o penteado de Dilma uma tempestade semelhante à que dispara trovões e raios que o partam na direção do seu mentor e padrinho político. Como o eleitor mineiro sonegou a Dilma um mandato de senadora, ela também será moída na primeira instância do Judiciário.
Tomado pelo peso da pena, o doutor Vallisney segue o padrão Moro de suavidade. É por sua determinação, por exemplo, que Geddel Vieira Lima expia os pecados na penitenciária brasiliense da Papuda. Hóspedes da carceragem de Curitiba, Lula Palocci e Vaccari sabem o que isso significa. Dilma, ainda não.
Diferentemente de Lula, já condenado e ainda enroscado em meia dúzia de processos, Dilma desce ao moedor do Judiciário pela primeira vez. Estreia em grande estilo, num caso que ficou conhecido com “quadrilhão do PT”. Nele, os réus são acusados de desvios de R$ 1,485 bilhão.
Nos próximos dias, Dilma deve se integrar à cenografia de Lula, trocando a pose de flor inocente pela de perseguida política.
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