Por Pedro do Coutto
Ao participar na sexta-feira de um encontro promovido pelo jornal O Globo com apoio da Confederação Nacional do Comércio e do banco Modal, o Ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou ter chegado o momento da transição de governo e da modernização do processo político para que os partidos, dentro da Democracia, voltem a assumir seu protagonismo em nosso país.
O encontro que incluiu editores e colunistas do jornal foi mediado por Miriam Leitão e Lauro Jardim. Dias Toffoli acentuou também a necessidade de se colocar em prática os fundamentos das ações que cabem à Corte Suprema.
CHEGOU A HORA – As equipes encarregadas da transição, tanto as do atual governo Michel Temer quanto as do presidente eleito Jair Bolsonaro, em minha opinião devem aproveitar o momento para um balanço geral no país. Um balanço que reúna as áreas econômicas, sociais e financeiras, com seus dados completos. Um marco capaz de definir como Bolsonaro encontrou o país e como será de janeiro para frente em seu governo. O presidente Michel Temer poderia fazer o mesmo destacando como ele encontrou o Brasil em 2016 e como entregará o país a Jair Bolsonaro.
Uma ideia baseada em números com o objetivo de comparar as realizações e os fracassos que marcam períodos governamentais.
DADOS IMPORTANTES – Por exemplo: Qual a população brasileira? Qual a renda do trabalho? Qual o nível de emprego? Qual a análise sobre o desempenho econômico? Quais as obras que foram interrompidas no meio da execução, quais os recursos financeiros disponíveis? A resposta a essas indagações devem servir de base para que Bolsonaro possa se dirigir ao país apresentando dados que recebeu de seu antecessor. A comparação do Produto Interno Bruto é outro tema. Deve se assinalar que ele se encontra hoje na altura de 6 trilhões de reais.
E nesse sentido qual exatamente é a dívida interna do Brasil. Essa dívida interna oscila em torno de 3,7 trilhões, como o jornal Estado de São Paulo publicou recentemente.
O QUE VEM AÍ? – Qual será a política do novo governo para fazer com que o país deixe de possuir apenas a metade de sua população atendida por um sistema de tratamento de esgoto. E por aí vai.
Os números devem ser do maior interesse de Jair Bolsonaro, pois assim ele poderá estabelecer a realidade com que assumiu e aquela que irá marcar sua trajetória no Palácio do Planalto.
Tem mais uma coisa. O governo que assume em janeiro, sugiro eu, poderá adotar um sistema de relatórios mensais, tipo de prestação de contas, um documento à população brasileira.
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