O preço do botijão de gás subiu três vezes mais do que a inflação entre janeiro de 2017 e novembro de 2018. Item indispensável no dia a dia de milhões de brasileiros, o valor médio cobrado pelo GLP subiu em média 20,64%, segundo dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A inflação oficial, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no período foi de 6,64%.

A pesquisa semanal de preços realizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) dá uma ideia de quanto o combustível está mais caro.

No começo do ano passado, um botijão de 13 kg custava em média R$ 55,61. Agora em dezembro, é vendido no patamar de R$ 69,53: alta acumulada de 25%. A explicação se dá no custo do próprio GLP, que saltou de R$ 13,24 em janeiro de 2017 e em outubro (último dado disponível) custava R$ 23,30: 76% mais caro. O restante do valor de um botijão é imposto e margem de lucro.

O economista André Braz, do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), explica que esse custo extra atinge principalmente os mais pobres. “Houve aumento real acima da inflação, o que força a um redimensionamento do orçamento das famílias de baixa renda, por ser uma despesa de primeira necessidade.”

O peso foi ainda maior quando são analisados os números do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação para famílias que ganham até cinco salários mínimos por mês. O índice acumulado de janeiro de 2017 a novembro de 2018 foi de 5,42%, enquanto a inflação do botijão de gás foi de 20,3%: quase quatro vezes mais.

Fonte: R7

 

Seja o primeiro a comentar


Poste seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *