Amargo chamado à realidade – A tragédia em Brumadinho (MG), desencadeada pela ruptura de barragem da Vale, vai ampliar a pressão de entidades de defesa do meio ambiente por uma mudança de atitude do governo Jair Bolsonaro, e especialmente do ministro da área, Ricardo Salles.
Nilo D’Ávila, do Greenpeace, diz esperar “muita reflexão sobre certas posições”. A atitude pró-empresariado do Planalto também será posta à prova. Aliados pregam “firmeza ao cobrar a Vale”, para que não haja acusação de leniência.
Salles assumiu o Ministério do Meio Ambiente pregando a facilitação da emissão de licenças ambientais e prometendo uma caçada a fiscais que aplicassem multas consideradas inconsistentes pela pasta.
“Está muito claro que o fiscal é uma das pessoas mais importantes, e que não se deve criminalizar nem o processo de licenciamento nem a fiscalização. Eles ajudam a evitar tragédias“, prega Nilo D’Ávila.
Ele avisou – No plano de governo que Bolsonaro registrou no TSE, a expressão “meio ambiente” aparece uma vez, inserida no contexto de propostas para “a nova estrutura federal agropecuária”.
Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo
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