O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), leu nesta terça-feira (12) o pedido de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai apurar as causas do rompimento de uma barragem em Brumadinho (MG).
A leitura é o último passo para a criação da CPI. Se os senadores não retirarem as assinaturas de apoio até meia-noite, a comissão será criada e publicada no “Diário Oficial do Senado Federal”.
Diante disso, caberá aos líderes partidários, a partir desta quarta (13), indicar os integrantes da CPI. Depois, a comissão será instalada, e haverá a eleição do presidente e do vice, além da designação do relator.
Conforme o pedido de criação, a CPI será composta por 11 senadores titulares e 7 senadores suplentes. A CPI terá prazo de 180 dias para concluir os trabalhos, e o limite de despesas será de R$ 110 mil.
“Temos como objetivo identificar os responsáveis, quais foram as falhas dos órgãos competentes, os autores dos laudos técnicos e tomarmos todas as providências cabíveis para evitarmos novos acidentes”, diz o pedido de criação apresentado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA).
Assinaturas
O pedido de criação da CPI foi assinado por 44 senadores. O número mínimo para a criação é de 27 assinaturas, o que corresponde a um terço do total de senadores (81).
Após a sessão desta terça, Davi Alcolumbre afirmou que era discutida a possibilidade da criação de uma CPI mista, formada por deputados e senadores. No entanto, segundo o presidente do Senado, deputados e senadores “não se entenderam em relação à formação conjunta”.
“Foi discordância. O Senado e a Câmara entenderam que cada um tem que fazer a sua CPI”, disse.
Rompimento da barragem
No dia 25 de janeiro, uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG) rompeu e levou uma enxurrada de lama à região.
De acordo com as autoridades locais, o rompimento da barragem de Córrego do Feijão provocou a morte de pelo menos 165 pessoas. Ao todo, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais, 155 pessoas ainda estão desaparecidas.
Segundo a Vale, a intenção da empresa é acelerar ao máximo, por meio de acordos extrajudiciais, o processo de indenização das vítimas do rompimento.
De acordo com a colunista do G1 Andréia Sadi, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, já pediu à companhia para evitar ações judiciais e buscar acordos com as famílias das vítimas.
G1
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