Os últimos sete meses da política brasileira têm mostrado situação parecida com a que existia no governo Dilma: o poder de fato está no Congresso.
Na administração da petista, muitos pleitos da sociedade eram apresentados ao Instituto Cidadania. Se Dilma não resolvia, a turma procurava Lula. Se Dilma não resolvia, batiam à porta de Eduardo Cunha.
Em Brasília, empresários e representantes da sociedade civil preferem pedir audiências aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ) a dar um pulo no Palácio do Planalto.
No semipresidencialismo brasileiro, a forma como Jair Bolsonaro faz o jogo político o enfraquece como interlocutor e fortalece Maia e Alcolumbre como os donos do poder real.
Reforma segue
A reforma da Previdência aprovada na Câmara deve seguir intacta no Senado. Alguns temas tramitarão em PECs (Propostas de Emendas Constitucionais) paralelas.
A única PEC paralela com chance real é a que inclui Estados e municípios nas mesmas regras aprovadas para a União. Conhecedor de economia e ex-governador de Estado, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator do tema, está fechado com a estratégia construída por democratas e tucanos na Congresso.
Kennedy Alencar
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