O ministro da Economia, Paulo Guedes, passou os últimos dias – incluindo o último final de semana – debruçado em números e refazendo contas com sua equipe para fechar o que vem sendo chamado internamente de agenda de modernização e transformação do Estado.

A ideia do ministro, segundo o blog da Andreia Sadi apurou, é enviar ao Congresso, ainda em outubro, um pacote com novas medidas econômicas – ou parte delas – que visam, ao fim, a retomada da geração de empregos no país.

No diagnóstico de Guedes, o problema principal a ser atacado é o gasto público, por isso a urgência em concluir a reforma da Previdência. Mas, passado este primeiro passo, a agenda de novas medidas do governo inclui uma costura pelo pacto federativo, o envio da primeira fase da reforma tributária, as privatizações e a modernização do Estado, que será abordada na reforma administrativa.

Os senadores concluíram o primeiro turno da votação da reforma da Previdência nesta quarta-feira (2). A equipe de Guedes se diz frustrada com o atraso da votação e a perda de R$ 76,4 bilhões de economia com aprovação de uma mudança no abono salarial. A conclusão da votação da reforma da Previdência poderá ficar para a segunda quinzena de outubro, segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Guedes já trabalhava com o avanço em votações no Congresso de outras pautas ainda neste ano, por exemplo, o pacto federativo, que prevê repasse de mais recursos a estados e municípios – uma demanda de políticos.

O ministro tem sido cobrado por parlamentares, e pelo próprio Palácio do Planalto, por medidas que permitam investimentos, e não apenas que fique “refém das reformas”. Motivo: a proximidade com as eleições.

 

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