A Black Friday deste ano acontece nesta sexta-feira (29), e marca a 10ª edição da data de descontos no Brasil. A expectativa do comércio é que o evento movimente as vendas, com projeções de desempenho melhor que o do ano passado.

Estimativa da Boa Vista SCPC aponta que, neste ano, as vendas na Black Friday devem crescer cerca de 4% na comparação com 2018. Se a projeção se confirmar, será um avanço parecido com os 4,7% do ano anterior. Segundo a instituição, o avanço deve ser puxado por fatores como expansão das concessões de crédito e pela liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pelo governo.

Em 2018, a Black Friday ajudou a puxar um aumento de 2,9% nas vendas do comércio em novembro. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esse avanço marcou o melhor resultado para um mês de novembro na comparação com outubro desde o início da série histórica do levantamento, em 2000.

Para este ano, pesquisas mostram que os consumidores que pretendem comprar algum produto na Black Friday estão dispostos a consumir mais. Segundo estudo da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), entre quem comprou na edição do ano passado, 35% esperam adquirir mais produtos em 2019. Enquanto isso, 23% planejam comprar menos e 20%, a mesma quantidade.

O levantamento ouviu 1.230 consumidores, entre os quais 50% disseram que pretendem comprar algum item na Black Friday. Outros 39% dizem que vão fazer compras apenas se considerarem que os descontos estejam valendo apena, e apenas 11% não pretendem comprar nada.

Ainda de acordo com a pesquisa, em média, os consumidores devem comprar cerca de três produtos e desembolsar R$ 1.132. Na lista de itens mais procurados, as roupas lideram com 36% das menções. Os eletrodomésticos aparecem em segundo lugar com 31%, calçados com 29% e celulares e smartphones com 28%.

A Black Friday foi “importada” dos Estados Unidos para o Brasil em 2010. Mais conhecida no Brasil pelas promoções na internet, passou a ganhar nos últimos anos uma maior adesão do comércio de rua e shoppings. Em 2019, pela primeira vez, o número de compradores nas lojas físicas deverá se igualar ao do comércio eletrônico, segundo uma pesquisa feita pelo Google em parceria com a consultoria Provokers.

G1

 

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