Em entrevista para o programa “Poder em Foco” do SBT, exibida na madrugada desta segunda-feira, dia 23, o presidente Jair Bolsonaro disse que Lula é “carta fora do baralho” nas eleições de 2022. Comentou também sobre a possível candidatura à reeleição, fez um balanço sobre os aspectos positivos do seu primeiro ano de governo e falou sobre a reforma tributária.
Em entrevista ao programa Poder em Foco, parceria do SBT com o jornal digital Poder 360, o presidente Jair Bolsonaro deu nota 7 ao seu primeiro ano de governo. O motivo para a nota, segundo ele, foi a falta de articulação política com alguns setores da sociedade e a inexperiência de alguns ministros. Mas espera nota 8 para 2020.
Ao ser questionado sobre a influência do PT e do ex-presidente Lula nas próximas eleições presidenciais, Bolsonaro disse que mesmo se o petista continuar em liberdade ele está impossibilitado de disputar, porque já está condenado.
FORA DO BARALHO – “Ele não é cabo eleitoral para mais ninguém. Quando eu andava pelo Brasil na pré-campanha era recebido em aeroportos por milhares de pessoas”, disse. “Agora o Lula nas suas poucas andanças é criticado e vaiado. Eu acredito que o Lula já é uma carta fora do baralho”, completou.
Perguntado se pretendia se candidatar à reeleição, Bolsonaro lembrou que durante a campanha prometeu que abriria mão da candidatura se fosse realizada a reforma política. “Como isso nós sabemos que não vai acontecer se eu estiver bem eu disputo”, disse.
TAXA SELIC – Ao fazer um balanço sobre o seu primeiro ano de governo o presidente falou que os aspectos positivos são os números. “Tivemos a menor taxa Selic que se podia imaginar (4,5%). O risco Brasil lá em baixo e uma inflação na média da projeção. Isso daí estimula as pessoas a investir”, disse Bolsonaro.
Completou falando que deve terminar o ano sem nenhum caso de corrupção e com mais ou menos 900 mil empregos criados. “Para quem estava em uma taxa crescente de desemprego esses são números muitos auspiciosos”. Creditou também a melhora na economia à maior confiança dos demais países no Brasil, que tem sido sinalizada com o aumento dos investimentos.
REFORMA – O presidente foi também questionado sobre a reforma tributária e a proposta de reduzir os encargos na folha de pagamento das empresas. Segundo ele, sem que o governo perca com isso, há a possibilidade de se criar impostos, como a CPMF, desde que outros encargos sejam extintos.
“O que eu tenho falado para o Paulo Guedes é para ele não falar em reforma, mas em simplificação tributária”, concluiu o presidente.
Fonte: Veja / Folha
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