As chuvas que têm ocorrido desde a segunda-feira (30) em alguns municípios das regiões Oeste e Seridó do Rio Grande do Norte devem persistir durante a primeira semana de janeiro, segundo o serviço de meteorologia da Emparn. As precipitações ocorrem antes do início do inverno — oficialmente começa apenas em março no semiárido —, e têm influência da atuação do vórtice ciclônico e da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

Os meteorologistas acreditam em maiores precipitações durante a época de chuva deste ano. Açudes como os de Barragem de Pau dos Ferros, Tourão em Patu e Dourados em Currais Novos estão secos. A expectativa é que as chuvas deste ano ultrapasse o volume morto destes reservatórios que servem à região.

A atuação conjunta desses dois fenômenos é responsável pelas fortes chuvas em algumas regiões dos estados vizinhos — Ceará, Maranhão, Piauí, oeste de Pernambuco e Paraíba, e boa parte do semiárido do Rio Grande do Norte. As temperaturas acima do normal, no Oceano Atlântico, é outro fator, com liberação de mais umidade para “alimentar” o vórtice ciclônico.

“O normal é que um vórtice ciclônico atue por três ou quatro dias, dependendo das condições atmosféricas e, às vezes nessa época do ano, pode ter interação com a Zona de Convergência, o que está previsto para os próximos dias. Isso é que deve proporcionar a permanência dessas chuvas para o interior do Estado e também no litoral”, afirma o gerente de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.

 

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