Em um década, o número de microempreendedores individuais no Rio Grande do Norte cresceu 1.050,51%. O quantitativo saltou de 10.496 em 2010 para 120.758 em 2019. Os dados foram tabulados pela Tribuna do Norte a partir das estatísticas disponíveis no Portal do Empreendedor, que concentra os dados de registros de Microempreendedores Individuais (MEI) em todo o Brasil. Em tempos de crise financeira e cortes nos empregos formais, a saída encontrada pela maioria dos trabalhadores brasileiros excluídos do mercado de trabalho com carteira assinada foi a formalização como Microempreendedor Individual (MEI), que garante benefícios como seguro desemprego e Previdência Social.

“As pessoas estão preferindo se registrar como microempreendedores individuais, que é uma porta de entrada para o empreendedorismo. A formalização é uma tentativa de sobrevivência diante da falta de abertura de vagas formais no mercado de trabalho”, avalia o diretor-superintendente do Sebrae/RN, Zeca Melo. Ele alerta, ainda, destacando que não há vantagem em ser informal no Brasil. “As pessoas procuram o MEI, hoje, a maioria, por causa da necessidade, quase 90%. Os outros 10% é porque realmente tem o espírito empreendedor, já são empresários quase natos”, relata Melo.

 

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