O Globo – Por Lauro Jardim

Antes de entrar no governo, Paulo Guedes pensava em fazer tudo ao mesmo tempo. Todas as reformas necessárias seriam tocadas no primeiro ano.

Agora, sabe que o timing de Brasília é diferente do seu. Assim, por exemplo, não desistiu do imposto sobre operações digitais. Só deixou a pesada guerra particular por esse tributo para o último ano de governo.

Também não abdicou da ideia (Guedes não é muito afeito a abdicar de ideia alguma, aliás) de “passar a faca no Sistema S”. A interlocutores próximos, insiste que a lâmina está sendo afiada, mas não será usada já. É, novamente, uma questão de timing.

Por enquanto, o foco está na reforma administrativa e no pacto federativo. Enquanto não faz a incisão prometida, o governo vai comendo um pouco do orçamento gordo do Sistema S: a Embratur já pegou um naco e possivelmente o INPI ficará com outro.

 

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