Por Estadão
Depois de sobrevoar Fortaleza conflagrada por tropas amotinadas, o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) conclamou, na manhã desta segunda de carnaval, dia 24: “Temos que colocar a cabeça no lugar.”
“Pensar o que é necessário daqui em diante para solucionarmos essa crise específica, para os policiais poderem voltar a realizar o seu trabalho. Esse é o ponto”, disse Moro, que chegou à capital cearense acompanhado do ministro Fernando Azevedo (Defesa) e do chefe da Advocacia-Geral da União, André Mendonça.
MOTIM – Desde a deflagração do movimento paredista, o Ceará conta 147 assassinatos. O motim teve início por falta de acordo dos PMs com o governo do Estado quanto à reestruturação salarial.
Já durante entrevista coletiva na sede do Palácio da Abolição, sede do governo estadual, Moro afirmou: “O governo federal veio para permitir que o governo (estadual) possa resolver essa situação sem que nesse lapso temporal a população fique desprotegida.”
“Nosso trabalho é exclusivamente garantir proteção da população diante dessa paralisação. O envio (das forças federais) é para garantir a tranquilidade e a segurança da população”, declarou ainda o ministro.
SERENIDADE – Indagado sobre uma eventual reintegração de posse dos quartéis tomados por soldados rebelados, o ministro da Justiça disse: “Viemos aqui para serenar os ânimos e não para acirra-los. O governo federal veio aqui para substituir essa ausência das polícias. Serenar é importante.”
Estrategicamente, Moro enfatizou a importância dos PMs nas ruas. “Os policiais, no país inteiro, são profissionais dedicados que arriscam, muitas vezes, a sua vida pela vida de outro, proteção, seja pela incolumidade da vida ou do patrimônio do outro. São profissionais que devem ser valorizados. É momento de pensar em servir e proteger, serenar os ânimos”, afirmou.
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