Ex-secretário geral da Presidência, Gustavo Bebianno morreu na manhã de hoje em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. A informação foi dada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem do UOL. Ele tinha 56 anos de idade e sofreu um infarto fulminante. Ao UOL, o presidente do diretório do PSDB do Rio de Janeiro, Paulo Marinho, disse que ele passou mal por volta das 4h de hoje. “Infelizmente, é verdade. Passou mal, foi levado ao hospital, tentaram reanimá-lo, mas não resistiu”, afirmou por telefone.
Bebianno estava em casa com seu filho quando se sentiu mal, por volta das 4h. Ao ir ao banheiro tomar um remédio, desmaiou. Ele foi levado para um hospital da cidade, onde morreu. Ainda não há informações sobre o velório. De aliado a desafeto de Jair Bolsonaro, Bebianno foi o pivô da primeira crise política do governo. Atualmente no PSDB tinha planos de se candidatar à Prefeitura do Rio nas eleições desse ano.
Advogado de formação, Gustavo Bebianno Rocha nasceu no Rio de Janeiro em 18 de janeiro de 1964. Em 2017, ele foi apresentado ao então deputado federal Jair Bolsonaro, oferecendo-se para defendê-lo gratuitamente em diversas causas. Em pouco tempo, os dois estabeleceram uma relação de confiança. Bebianno se filiou ao PSL —partido de Bolsonaro entre janeiro de 2018 e novembro de 2019— em março de 2018, mas deixou a sigla poucos meses depois, em outubro, após o segundo turno da eleição presidencial. Neste período, chegou a presidir o partido.
Com a eleição de Bolsonaro, Bebianno se tornou o secretário-geral da Presidência da República. No entanto, apesar de ter assumido a função em 1º de janeiro de 2019, deixou o cargo pouco depois, em 18 de fevereiro, em meio a um racha no PSL em decorrência das denúncias de candidaturas laranjas da sigla. Fora da função, Bebianno disse, em entrevista à rádio Jovem Pan, que foi “demitido pelo Carlos Bolsonaro” em referência às discordâncias com o filho do presidente, vereador no Rio de Janeiro. Ele afirmava ter informado Jair Bolsonaro sobre os casos, tornando-se protagonista da primeira crise do governo Bolsonaro. A família do presidente negava a existência das conversas, mas áudios confirmaram a versão do advogado.
Do UOL
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