Do G1

O presidente Jair Bolsonaro reuniu ministros no Palácio do Planalto, hoje, para um pronunciamento conjunto sobre medidas adotadas pelo governo contra a expansão do coronavírus. O presidente, oito ministros e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) usavam máscaras.

Ao abrir o pronunciamento, Bolsonaro informou que o ministro Bento Albuquerque (Minas e Energia), que o acompanhou na comitiva da viagem à Flórida (EUA), na semana passada, contraiu o coronavírus. Com isso, até a última atualização desta reportagem, são 17 as pessoas que estiveram com Bolsonaro na viagem aos Estados Unidos e contraíram com coronavírus. Os dois exames feitos pelo presidente deram negativo, segundo ele mesmo anunciou.

Estavam presentes os ministros Braga Netto (Casa Civil), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Sergio Moro (Justiça), Paulo Guedes (Economia), Bolsonaro, Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), além do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

Em sua fala, Bolsonaro admitiu preocupação com a pandemia e disse ter o apoio do Congresso Nacional. Nesta quarta, Bolsonaro enviou para análise de deputados e senadores o pedido de reconhecimento do estado de calamidade pública, que permitirá ampliar os gastos com a pandemia sem a necessidade de cumprir a meta fiscal deste ano.

“Externamos nossa preocupação. E estamos tendo todo o apoio por parte da Câmara e do Senado”, disse Bolsonaro.

Segundo Bolsonaro, embaixadas do Brasil no exterior trabalham para auxiliar no retorno de brasileiros que não conseguem embarcar de volta, em razão de países que fecharam fronteiras ou limitaram voos.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, relatou que o governo avalia o fechamento temporário das fronteiras do Brasil com outros países, nos moldes do que foi feito em relação à Venezuela. O Brasil fechou a fronteira, em Roraima, mas manteve liberado o fluxo de mercadorias.

De acordo com Sergio Moro, o assunto foi tratado mais cedo em uma reunião por videoconferência entre Bolsonaro e outros líderes de países do Mercosul – Uruguai, Paraguai e Argentina, além do Brasil.

“Foi importante para evitar a contaminação porque o Brasil não teria capacidade de tratar uma demanda vindo da Venezuela. Hoje, teve uma reunião com o Mercosul. Está sendo estudada como medida sanitária o fechamento de fronteiras com outros países, nos moldes desse fechamento de fronteira da Venezuela”, declarou Moro.

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que o combate ao coronavírus é uma “guerra” e que os brasileiros poderão contar com as Forças Armadas.

“Isso é uma guerra. Isso que está acontecendo é uma guerra, com um inimigo invisível, feroz, dedicado. Enquanto tem uma guerra, os brasileiros podem contar com as forças armadas”, declarou.

O ministro disse que acionou o Centro de Operações Conjuntas, envolvendo os ministérios da Defesa e da Saúde para trabalhar com “possíveis ajudas, auxílios, que as Forças Armadas podem e devem dar em relação a isso”.

O ministro do Desenvolvimento Social, Rogério Marinho, afirmou que vai colocar à disposição unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida em caso de necessidade de manter pessoas contaminadas em quarentena.

“Nos estados, também colocaremos à disposição para eventualidades unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, se houver necessidade de eventualmente deixar algumas pessoas em quarentena fora dos hospitais”, afirmou.

 

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