NOITES DE SOLIDÃO…

Desordenadamente, tenta expor o pensar,
E sucumbe ante a fraqueza do corpo.
Versos que, ingloriamente, rabiscados,
Não deixam passar o devaneio da alma,
Expõem, friamente, a agonia de uma noite sem fim.

Sua imaginação teima em levá-la para longe da solidão,
Num antagonismo crônico de quem prefere a felicidade
Ao avesso da batalha da incredulidade e do desfalecimento.

Entretanto, as horas passadas, em comunhão com a dor,
Revelam o pesadelo quase clandestino de sua amargura,
Que, desenhado em escrita declamada de lembranças,
Sob o manto sagrado das noites desérticas sem amores,
Morre, poeticamente – e diariamente -, a cada amanhecer.


Por Raimundo Antônio

 

Seja o primeiro a comentar


Poste seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *