O compositor e trovador Evaldo Gouveia morreu na noite desta sexta-feira, 29 de maio, aos 91 anos.  O artista, que há alguns anos convivia com as consequências de um acidente vascular cerebral, foi contaminado pela Covid-19 e não resistiu às complicações. O cearense deixa um legado robusto e apaixonado.

Do menino de oito anos que cantava na radiadora da Praça da Estação de Iguatu ao trovador que conquistou o Brasil com palavras e melodias. Evaldo Gouveia de Oliveira nasceu em 8 de agosto de 1928 no município de Orós e, desde cedo, sentia que, eventualmente, conquistaria o País. “Eu ia pro pezinho do rádio e pegava a letra, o tom. Eu já nasci artista”, dividiu em entrevista às Páginas Azuis do O POVO, publicada em 16 de agosto de 2010. A partir de “Deixe que Ela se Vá” (1957), primeira composição de sua autoria, escreveu sentimentos e melodias intensas que reverberam até hoje no cancioneiro nacional popular e nos corações dos românticos. Entre elas, despontam “Tango de Teresa”, “Sentimental”, “Brigas”, “Bloco da Solidão e “O Trovador” – para citar somente algumas, pois entre as mais de mil composições acumulam-se sucessos.

O repertório de Evaldo Gouveia foi impulsionado pelas vozes de cantores consagrados como Altemar Dutra, Nelson Gonçalves, Alaíde Costa e Maysa Monjardim. O cearense fez parte do lendário Trio Nagô, ao lado de Mário Alves e Epaminondas Souza.

O ápice da carreira do cantor veio da relação com Altemar Dutra (1940-1983). O cearense levou Dutra às boates de Copacabana, no Rio de Janeiro, e o sucesso do cantor mineiro, interpretando as composições de Evaldo, levou ambos ao auge.

Agência de Notícias 

 

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