A retomada gradual das atividades no Rio Grande do Norte ainda não surtiu um efeito significativo na economia potiguar. O volume de operações comerciais na primeira quinzena de julho foi 8,8% inferior ao mesmo período do mês anterior. O estado movimentou uma média R$ 273,35 milhões em operações diárias, enquanto que, nos 15 dias anteriores, essa média chegou a R$ 300 milhões por dia. Neste mês, foram realizadas 851 mil transações por dia.

As informações são da Secretaria Estadual de Tributação (SET-RN), que emitiu a nona edição do Boletim Semanal de Atividade Econômica. O estudo acompanha o desempenho dos principais setores da economia do Rio Grande do Norte a partir da emissão de documentos fiscais no intervalo de análise e do recolhimento do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. O informativo completo está disponível no site www.set.rn.gov.br/.

De acordo com o levantamento, o comércio varejista foi o que teve a maior queda no valor diário de operações realizadas, caindo de R$ 86,1 milhões por dia para R$ 76,5 milhões por dia entre as duas quinzenas. No entanto, a quantidade de notas fiscais emitidas no intervalo praticamente permaneceu estável. Na última quinzena de junho, as empresas do comércio chegaram a emitir 5,3 milhões notas fiscais a cada dia e nesta primeira quinzena de julho o número de documentos fiscais foi de 5,2 milhões por dia.

A indústria de transformação registrou a segunda maior redução, saindo de uma média de R$ 39,6 milhões negociados a cada dia para R$ 35,6 milhões por dia. Já a indústria extrativista negociou R$ R$ 7,8 milhões por dia, enquanto na quinzena anterior esse volume foi de R$ 10,1 milhões. O valor médio diário de operações no atacado reduziu de R$ 52,5 milhões para R$ 49,6 milhões e no segmento de venda de combustíveis o valor saiu de R$ 40,4 milhões para 38,9 milhões por dia.

“Apesar dessa queda de 9%, podemos observar uma crescente recuperação. É importante ressaltar que setores têm contribuído para essa tendência, e os setores atacadista e o da indústria extrativista são os dois principais que apresentam uma consolidação de crescimento, tanto comparando com o mesmo período do ano anterior, quanto com o período pré-Covid, que vai de janeiro até 15 de março. E esses dois setores estão positivos em relação a essas duas comparações”, analisa Álvaro Bezerra, que é secretário adjunto da SET-RN.

Segundo o boletim, comparando com o período antes da pandemia, ou seja, entre janeiro e março, o setor extrativista já recuperou suas perdas e possui ganho médio de faturamento na ordem de 7,25%. O mesmo ocorre com o setor atacadista, que também se recuperou e possui ganho médio de 3,53%. O setor mais afetado é a Indústria de Transformação, com perda média na ordem de 33,18%. A perda média de faturamento para todos os segmentos econômicos do Estado do Rio Grande do Norte é de 19,53% no período após as restrições comerciais para contenção do Covid-19.

 

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