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Dos estudantes brasileiros – da pré-escola à pós-graduação – que não têm acesso em casa à internet em banda larga ou à rede móvel 3G ou 4G, 96,6% são da rede pública de ensino. No total, 6 milhões de estudantes não dispõem de acesso domiciliar à web para acompanhar as aulas. Desses, cerca de 5,8 milhões frequentam instituições públicas.

Isso é o que revelam dados compilados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Os técnicos analisaram o ensino remoto durante a pandemia de Covid-19. O problema se concentra entre os alunos dos anos iniciais e finais do ensino fundamental, bem como da pré-escola. Na graduação e pós-graduação, a falta de acessibilidade é menor.

No ensino fundamental, foram realizadas 27,2 milhões de matrículas em todo o país em 2018. Dessas crianças, 4,4 milhões não dispunham de acesso domiciliar à internet. Cerca de 200 mil estudantes que se matricularam no ensino fundamental e não tinham acesso à banda larga ou rede móvel são de escolas particulares, segundo o Ipea. Mais de 80% das matrículas estão em escolas públicas. “Há, contudo, proporcionalmente mais estudantes sem acesso à internet estudando nesses estabelecimentos”, diz.

 

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