A Black Friday acontece nesta sexta-feira (27), mas já tem muita empresa adiantando as promoções. A data de descontos é promovida pelo varejo, mas não são apenas empresas desse setor que dão descontos que parecem mentira.

A semana tem lanches por R$ 3,99, mensalidades de cursos de graduação pela metade do preço e até pizza por R$ 1. Porém, mais importante do que isso, é quanto a Black Friday deve movimentar neste ano. Se em 2019, segundo pesquisa da Ebit/Nielsen, o comércio eletrônico faturou R$ 3,2 bilhões na data, alta de 23,6%, a pandemia deve fazer esse valor se multiplicar.

Há empresas no setor, como a companhia de soluções para o varejo eletrônico Nuvemshop, que esperam movimentar um valor cinco vezes maior do que o registrado no ano passado. A Ebit Nielsen, por sua vez, acredita em alta de 27% (contando apenas a quinta-feira anterior e a sexta-feira de Black Friday).

O otimismo não é para menos. Segundo pesquisa realizada pela GfK, 54% dos consumidores trocarão as lojas físicas por compras por meio dos sites e redes sociais este ano.

Sim, o hábito da compra online entrou de vez na rotina do consumidor: mesmo após a reabertura das lojas físicas, o comércio eletrônico continua em exponente crescimento: 58% das vendas do setor de informática são feitas digitalmente – apenas para citar um exemplo.

Os itens mais procurados serão smartphones (44%), TVs (37%) e computadores (36%), ainda de acordo com a GfK.

Mas você sabe de onde surgiu a Black Friday?

A ideia nasceu nos EUA, mas não há um consenso de quando a data surgiu exatamente: há quem diga que foi por conta da crise norte-americana em 1869, outros em 1980 quando a cor preta significava balanços positivos, outros em 2005 após a polícia da Filadélfia nomear o tumulto nas lojas e excesso de trânsito.

Pode-se não saber quando ela surgiu, mas fato é que ela se proliferou. Outros países, inclusive, mantiveram a data e também a pronúncia em inglês – mesmo em países não falantes do idioma, como Portugal, Colômbia e Japão, para citar alguns.

Aqui no Brasil não se é comemorado o Dia de Ação de Graças, mas o mercado brasileiro abraçou este anglicismo e importou a mega liquidação aqui em 2010, mas apenas nas vendas online. Em 2012, a iniciativa cresceu e participaram cerca de 50 lojas físicas, rendendo da mesma proporção lucros e polêmicas.

A principal de todas foi a atitude de alguns comerciantes que subiram os preços semanas antes para baixá-los na Black Friday – ou seja, para vender o mesmo produto com o preço inicial. Outra reclamação era de que os descontos não eram tão atrativos como nos EUA, beirando os 20%, 30%, 40%. O Procon interviu e hoje a data é bem mais controlada.

No começo muitos comerciantes ficaram receosos de aderirem ao movimento, já que aqui no Brasil as grandes liquidações são feitas em janeiro. Era alegado que uma liquidação antes prejudicaria as vendas de Natal e Ano Novo.

O consumidor brasileiro, no entanto, aderiu de braços e carteira aberta: segundo levantamento da GFK, 91% dos entrevistados compram na data.

Com CNN Brasil

 

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