No Rio Grande do Norte, 16% dos habitantes não têm água encanada. São 553 mil pessoas. A maioria dos cidadãos sem acesso à água estão nas áreas rurais do Estado. Segundo a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), os investimentos na região estão sendo priorizados.
“Os investimentos continuarão sendo firmes nessas áreas, e precisam acontecer mesmo nas áreas urbanas. A gente tem adutoras, por exemplo, com mais de 30 anos de existência que são ‘cascas de ovos’. Quando há pressão para aumentar a distribuição, elas estouram”, disse o diretor-presidente da Caern, Roberto Linhares.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o índice de perdas na distribuição de água no Rio Grande do Norte é de 51,21%. É o segundo pior do Nordeste. Apenas o Maranhão tem mais perdas (59,5%).
Segundo informações do diagnóstico anual do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS), 66,28% da população do Rio Grande do Norte moram em lugares sem coleta de esgoto. A porcentagem corresponde a dois milhões de habitantes. O RN está no quarto lugar entre os Estados do Nordeste no índice.
Já em todo o Brasil, são 40,56% dos habitantes que não possuem a coleta de esgoto. A diferença pode ser explicada pela priorização dos investimentos no Sudeste e Sul do país ao longo do século 20. Dos quatro Estados com cobertura de esgoto acima de 70%, três são do Sudeste ou do Sul (São Paulo, Minas Gerais e Paraná). O quarto é Roraima, na região Norte
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