Para aglutinar apoio no Congresso e pavimentar o caminho para a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro deverá mudar a cara da Esplanada. Ele não conseguirá fugir de ao menos uma pequena reforma ministerial, já que é desejo do chefe do Executivo emplacar nomes no comando das duas Casas legislativas a partir de fevereiro de 2021. A medida tornou-se essencial para que o governo leve à frente sua agenda nos últimos anos de mandato. As informações são do Estado de Minas.

Embora negue a prática de distribuição de cargos do governo em troca de apoio político, Bolsonaro necessita do apoio do Centrão, que também faturou nas eleições municipais. As concessões de maior calibre e a questão da definição da base política do governo poderão ocorrer no começo de março, caso o candidato preferido do governo ao pleito, Arthur Lira (PP-AL), saia eleito na Câmara dos Deputados. Entre as pastas cobiçadas, estão as que detêm os maiores orçamentos, como o Ministério da Saúde, chefiado pelo general Eduardo Pazuello; o da Cidadania, de Onyx Lorenzoni, e o da Educação, de Milton Ribeiro.

Apesar de Bolsonaro já ter se adiantado afirmando que não abrirá mão de Ernesto Araújo no Itamaraty e de Ricardo Salles no Meio Ambiente, as pastas também estão na mira. A saída deles é vista como um sinal de diálogo com a comunidade internacional, nas áreas de política externa e ambiental.

No primeiro escalão íntimo do governo, ainda se ventila nos bastidores a transferência do ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, para o posto da Secretaria-Geral da Presidência, com a ida de Jorge Oliveira para o Tribunal de Contas da União em janeiro. Os ministérios de Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Fernando Azevedo (Defesa), general Augusto Heleno (Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) devem ficar de fora da barganha.

 

 

 

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