A bancada do PT no Senado decidiu apoiar o candidato do DEM ao comando da Casa, Rodrigo Pacheco (MG), depois de concluir que havia risco de Simone Tebet se sagrar candidata pelo MDB.

O MDB é a maior bancada. Se tivesse o apoio do PT teria praticamente garantida a eleição de um nome do partido para presidir o Senado. Na sexta-feira, dois dos pré-candidatos do partido haviam desistido de concorrer, os líderes do governo no Congresso, Eduardo Gomes (TO), e no Senado, Fernando Bezerra (PE). Sobraram apenas dois nomes, o líder da bancada, Eduardo Braga (AM), e Simone Tebet (MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, (CCJ).

Braga encontrou-se com a bancada do PT na sexta-feira para tentar convencer os petistas a fecharem com o MDB. Foi quando comunicou a desistência de dois dos pré-candidatos, que só sobrara ele e Simone Tebet e que havia uma combinação na bancada de marchar unida em torno do escolhido.

O líder emedebista contava com a simpatia dos petistas, apesar do receio de entregar ao MDB o comando da Câmara e do Senado. Mas, perguntado se estava seguro de que seria o escolhido, ele não garantiu. Disse que dependeria dos apoios que a senadora conquistasse nas outras bancadas.

Foi o risco de Simone Tebet ser a escolhida dentro do MDB que levou os petistas a desistir definitivamente, na reunião da bancada desta segunda-feira, 11. De apoiar um candidato do partido.

Simone não tem a simpatia do PT. Na avaliação dos petistas a senadora é muito próxima do grupo Muda Senado, do Podemos e do PSDB, que apoiaram teses da Operação Lava Jato e do ex-juiz Sérgio Moro. “Somos garantistas”, disse ao blog do Tales Faria um dos participantes da reunião, explicando porque não aceitam Simone.

“Nós gostamos do Braga, mas ele não deu garantias de que vence a Simone. E o MDB pode ganhar na Câmara e acabar ficando muito forte”, argumentou outro petista.

Blog do Magno

 

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