O governo Bolsonaro (sem partido) montou uma verdadeira operação de campanha para garantir a vitória de Artur Lira (PP-AL) na eleição para a presidência da Câmara. As informações são do Blog da Andréia Sadi.

Desde o fim de dezembro, auxiliares presidenciais vêm levantando o mapa de cargos de deputados federais em cargos de segundo e terceiro escalão, para usar os postos como moeda de troca na disputa da Casa.

Nesta semana, o movimento foi intensificado. Desde ontem está autorizado pelos articuladores políticos do governo a publicação no Diário Oficial da União de trocas em postos importantes de segundo e terceiro escalão, principalmente de ministérios como Saúde, Desenvolvimento Regional e também da Secretaria do Patrimônio da União.

A prática vai na contramão do discurso de campanha de Bolsonaro em 2018, que condenava o chamado “toma lá dá cá”, isto é, cargos em troca de votos. A estratégia visa desidratar a campanha do deputado federal Baleia Rossi, adversário de Lira. No entanto, interlocutores do presidente afirmam que os espaços hoje ocupados por parlamentares que vão votar em Baleia Rossi não serão completamente retirados- mas, sim, reduzidos.

Motivo: o governo teme que, se eleito, o deputado do MDB possa retaliar o governo. Além disso, não vê Baleia Rossi como inimigo, por se tratar de um deputado do MDB, partido com o qual Bolsonaro tem boa relação por meio do ex-presidente Michel Temer.

A disputa na Câmara representa, nos bastidores, uma queda de braço entre Rodrigo Maia (DEM) e o presidente da República. Bolsonaro quer derrotar Maia na Câmara, enquanto no Senado apoia o candidato do presidente do Senado, David Alcolumbre (DEM).

 

 

 

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