A brasileira Mariângela Simão, diretora para acesso a medicamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse nesta sexta-feira (15), durante uma reunião da entidade, que o que está acontecendo em Manaus deve servir de alerta para outros lugares do mundo. Ela alertou que a crise na capital do Amazonas, que vem sofrendo com falta de oxigênio nos hospitais, mostra que a pandemia ainda não terminou.

“Manaus passa por uma situação muito difícil. Devido a um falso sentimento de segurança, eles baixaram a guarda”, afirmou a brasileira, diretora da OMS, completando: “É importante que aprendamos com a terrível situação que Manaus vive. Podemos evitar danos adicionais se continuarmos transmitindo a mensagem: não baixem a guarda, a luta ainda não acabou”.

O tema da situação crítica no Amazonas mobilizou outras lideranças da OMS que estiveram na coletiva de imprensa. Michael Ryan, diretor de emergências da OMS, disse que é muito fácil colocar a culpa na nova variante encontrada no estado para justificar o colapso.

“As variantes podem sim ter um impacto, mas é fácil colocar a culpa na variante, no vírus. Precisamos analisar o que nós não fizemos, precisamos aceitar a nossa culpa individualmente, como comunidade, como governo, para essa falta de controle do vírus”, disse Ryan.

O diretor de emergências da OMS disse que a organização se solidariza com a população brasileira e que o mundo precisa lutar contra o vírus de forma mais eficaz: “Faremos de tudo para dar apoio aos estados-membros da OMS e à população brasileira”, disse.

O GLOBO

 

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