Com uma diferença de 36 votos, o senador Rodrigo Pacheco (DEM) venceu a eleição para presidência da Mesa Diretora do Senado Federal. Pacheco recebeu 57 votos enquanto a sua adversaria, a senadora Simone Tebet (MDB), recebeu 21 votos.

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), 44, se tornou presidente do Senado e o terceiro da linha sucessória na Presidência da República com apenas dois anos de atuação como senador e um total de seis anos de vida política.

Aliados apontam que a rápida ascensão é consequência do esforço para montar alianças e conexões políticas. Além disso, conquistou posições de destaque no Congresso, como na presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, durante a análise de denúncias contra o presidente Michel Temer (MDB). E ainda, um pouco de sorte.

O senador mineiro entrou na disputa do Senado como grande favorito, contando com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e herdando praticamente toda a articulação de seu padrinho político nessa disputa, o agora ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Alcolumbre esperava ele próprio ser reeleito presidente do Senado. No entanto, em dezembro do ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu barrar o atropelo da Constituição e impediu que presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado pudessem ser reconduzidos em uma mesma legislatura.

Após dificuldades para emplacar outros nomes, Alcolumbre apostou em Pacheco, então líder da bancada do DEM. Além de se beneficiar das alianças construídas por seu padrinho, Pacheco também foi levado por Alcolumbre para um almoço no Palácio do Alvorada com Bolsonaro, que deu sua benção ao candidato.

Bolsonaro já tinha uma boa relação com Pacheco quando ambos eram deputados federais e, em 2019, quando já era presidente, fez questão de convidá-lo para viagem oficial à Ásia, convite aceito pelo mineiro.

Fonte: Folha de S. Paulo

 

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