Integrantes da base aliada do governo admitem, de forma reservada, que a fala do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ao Senado ontem, amplia o desgaste do ministro como chefe da ação federal para conter a pandemia do coronavírus.
No entanto, esses líderes governistas trabalham junto ao Planalto para adiar ao máximo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde para apurar responsabilidades e omissões do governo durante a crise.
A avaliação colhida pelo blog é que o governo “não aguenta” politicamente duas frentes de “pressão” sobre Pazuello, em meio às indefinições a respeito das vacinas e insumos para imunizar toda a população. E não há, por ora, intenção do presidente de trocar o ministro da Saúde em meio à crise, o que poderia ajudar a diminuir a temperatura das críticas entre políticos.
A primeira – e principal – frente de “pressão” são as explicações pedidas pela Polícia Federal a Pazuello, após determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro é investigado em inquérito que apura suposta omissão na crise sanitária no Amazonas.
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