O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, hoje, que a atuação do Ministério das Relações Exteriores, comandado por Ernesto Araújo, está “muito aquém do desejado”.

Pacheco deu a declaração ao comentar, em entrevista coletiva, o episódio em que um assessor especial do presidente Jair Bolsonaro fez um gesto com a mão, visto pelo Museu do Holocausto como “símbolo de ódio” utilizado por “supremacistas brancos”. O assessor nega e diz que estava somente ajeitando a lapela do paletó. A polícia legislativa apura o caso.

Na ocasião em que aconteceu o episódio, os senadores ouviam o ministro Ernesto Araújo sobre ações de enfrentamento da pandemia. “Senado não é lugar de brincadeira. Senado é lugar de trabalho. Ali, nós estávamos trabalhando, buscando soluções, informações de um ministério que está muito aquém do desejado para o Brasil”, declarou Pacheco nesta quinta-feira.

O presidente do Senado avaliou, na mesma entrevista, que houve “muitos erros” no enfrentamento da pandemia, além do “não estabelecimento de uma relação diplomática, de produtividade, com diversos países que poderiam ser colaboradores nesse momento agudo de crise”.

“Eu considero que nós tivemos muitos erros no enfrentamento da pandemia, um deles foi o não estabelecimento de uma relação diplomática, de produtividade, com diversos países que poderiam ser colaboradores nesse momento agudo de crise que temos no Brasil. Ainda está em tempo de mudar para salvar vidas”, acrescentou.

O senador não disse se é favorável à saída de Araújo do Itamaraty, afirmou que a decisão caberá ao presidente Jair Bolsonaro. Durante a audiência na quarta-feira, o ministro disse aos parlamentares que dorme “com a consciência tranquila” e que “é preciso reconhecer as qualidades” do governo.

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