Conselho Federal de Medicina lança campanha que ressalta a necessidade de cuidar da saúde dos médicos

A pandemia da covid-19 aumentou o nível de estresse dos médicos, diminuiu as horas de sono e o tempo dedicado por eles às refeições e aos familiares. É o que mostra pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com 1.600 médicos brasileiros. O levantamento serviu de base para a campanha que a autarquia lança nesta quarta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, na qual chama a atenção da população brasileira e das autoridades para a pressão a que os médicos estão sendo submetidos desde o início da pandemia.

Para 96% dos médicos, a pandemia impactou suas vidas, seja aumentando o nível de estresse (22,9%), gerando sensação de medo e pânico (14,6%), reduzindo o tempo dedicado à família, refeições e lazer (14,5%) e diminuindo o tempo e qualidade do sono (7,6%).

Atendimentos eletivos – Ao mesmo tempo em que aumentou a carga de trabalho nos prontos-socorros, a covid-19 levou a uma diminuição dos atendimentos eletivos, provocando redução das consultas no setor privado e no setor público. Essa diminuição resultou em perdas de vínculos de trabalho para 11,8% dos profissionais que responderam à pesquisa, bem como o fechamento de consultórios ou demissão de funcionários administrativos.

Por outro lado, se a pandemia sobrecarregou o médico, ela também reforçou o compromisso do profissional com a medicina e com a saúde da população, fortaleceu a imagem do médico diante da comunidade e melhorou sua relação com os pacientes e outros profissionais de saúde.

O trabalho indica ainda que para 88% dos participantes da pesquisa novas epidemias poderão surgir nos próximos anos. Para enfrentá-las, eles sugerem investimentos na valorização dos profissionais de saúde (15%) e em pesquisas científicas (15%). Também apostam em melhorias no saneamento básico (15%) e saúde (11,4%), fortalecimento da Atenção Básica (13%) e reforço no sistema de vigilância sanitária (12,3%). A ampliação de leitos de internação e de UTI foi indicada por 10,6% e 8,6% dos entrevistados, respectivamente.

Fonte: Assessoria

 

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