O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, dará um parecer favorável para a volta às aulas em todo o país. Nos últimos dias, Bolsonaro tem criticado, além do fechamento do comércio, a suspensão das aulas presenciais.

Ao deixar o Palácio do Planalto, Bolsonaro foi questionado por um apoiador sobre a situação e destacou que os estudantes estão no segundo ano sem aula. O presidente afirmou que a incidência de casos graves em crianças é mínima.

De acordo com o presidente, o parecer irá atender um grupo de professoras de São Paulo, mas não especificou que grupo. O presidente se reuniu com o ministro durante a tarde desta sexta-feira.

— Imagina o futuro dessa molecada. Hoje eu conversei com o Ministro da Educação e ele vai dar um parecer favorável a volta às aulas no Brasil. Até para atender um grupo de professoras de São Paulo. Para o pessoal cair na real, o problema existe, tem que tomar os cuidados, mas você não pode mais ficar em casa. Até quando? — afirmou.

No mês passado, o GLOBO revelou, entretanto, que as nternações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes apresentaram um avanço de 24% na média diária entre dezembro do ano passado e fevereiro deste ano em todo o Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

Enquanto 128 crianças entre 0 e 4 anos foram internadas em média por dia no mês de dezembro, esse número saltou para 171 em fevereiro, um crescimento de 34%. As demais faixas etárias, de 5 a 9 anos e de 10 a 14 anos, também registraram aumentos, de 15% e 7%, respectivamente.

Nesta sexta-feira, alguns estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, flexibilizaram as restrições em vigor. Em São Paulo, as escolas são consideradas serviço essencial e poderão funcionar com 35% da capacidade dos alunos em sala

Considerada serviço essencial por um decreto do governo do estado, as aulas podem ocorrer com 35% da capacidade dos alunos em sala na fase vermelha, mas não na emergencial. Desde o início da emergencial, a educação estadual, privada e particular entraram em um recesso obrigatório por 15 dias.

 

O GLOBO

 

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