Por Lauro Jardim / O Globo
Jair Bolsonaro fará um discurso de três minutos na reunião de cúpula sobre o clima organizada pelo governo dos EUA. Bolsonaro falará na manhã do próprio dia 22, data de abertura do evento, que terminará no dia seguinte.
E o que esperar do pronunciamento de Bolsonaro? A julgar pelo relato dos assessores envolvidos na confecção do discurso não será nada parecido com suas duas últimas e agressivas intervenções na ONU sobre o tema.
CRÍTICAS – Em 2019, por exemplo, Bolsonaro criticou “os ataques sensacionalistas” de “grande parte da mídia internacional devido aos focos de incêndio” e afirmou ser “uma falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade”.
A ideia é repetir o tom light da carta que ele enviou anteontem a Joe Biden. Na carta, de sete páginas, Bolsonaro repete alguns autoelogios em relação ao modo que o Brasil cuida de suas florestas e se compromete a reduzir as emissões de gases de efeito-estufa em 43% até 2030.
RECURSOS – Bolsonaro também pede recursos para ajudar o combate ao desmatamento, algo que o ministro Ricardo Salles já tem dito nos últimos dias em entrevistas — ele quer US$ 1 bilhão para bancar esse compromisso, um desejo que até o momento parece sem qualquer chance de êxito. Ao lado de Bolsonaro na reunião virtual do dia 22 estarão Ricardo Salles e o chanceler Carlos França.
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