Quase 40% da população deu adeus a algum tipo de despesa durante um ano de pandemia, de acordo com a pesquisa “Os Brasileiros, a Pandemia e o Consumo”, realizada pela Confederação Nacional de Indústria (CNI), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. Em maio de 2020, este índice era de 29%, mas até abril de 2021, no entanto, o quadro mudou. Se somados os cortes de gastos definitivos aos temporários, o índice de pessoas alcançadas sobe para 71%. Em outras palavras, em cada dez pessoas ouvidas, sete mexeram na dinâmica de gastos em casa.
Participaram da pesquisa cerca de 2.000 pessoas, em amostras representativas da população brasileira. Entre os motivos para os cortes nos gastos, 38% dizem estar inseguros com o futuro da renda; 30% responderam que perderam a renda e 27% deixaram de comprar algum item por causa do fechamento do comércio.
O gerente de Análise Econômica da pesquisa, Marcelo Azevedo, afirma que o aumento do número de pessoas que tiveram que fazer alguma privação nos gastos por terem perdido a renda ou por insegurança deve prejudicar a retomada da economia.
As mulheres foram as que mais reduziram gastos “em maior quantidade e de forma definitiva”. Os dados mostram que 73% delas cortaram as despesas, enquanto, entre os homens, essa redução atingiu 70%. E mais: 45% das mulheres afirmaram que essa redução foi “grande ou muito grande” e 39% responderam ser permanente. Entre os homens, 36% disseram que o corte nas despesas foi “grande ou muito grande” e 35% garantem ser definitivo.
A região que mais perdeu foi o Nordeste, onde 48% da população afirmou que reduziu gastos, seguido do Norte/Centro-Oeste, em que 42% alegou ter passado a tesoura em nível “grande ou muito grande” nas despesas.
A pesquisa ocorreu entre os dias 16 e 20 de abril. A margem de erro do estudo é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.
CNN BRASIL
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