Diante do agravamento da pandemia no interior, o Governo do Estado convocou reunião com prefeitos das regiões Oeste e Alto Oeste para tratar da adoção de medidas destinadas a barrar a disseminação do coronavírus (Covid-19) nos municípios sob jurisdição da 2ª e 6ª regionais de saúde, reduzir os pedidos de leitos para pacientes covid, que hoje estão na faixa de 100 por dia no Rio Grande do Norte, e conter a média diária de mortes por Covid-19.
Os números mais recentes do Indicador Composto mostram que a situação vem se deteriorando nessas duas regiões, apesar do esforço do governo e das prefeituras de ampliar o atendimento aos moradores. O indicador leva em conta, entre outras variantes, a ocupação de leitos críticos e clínicos, taxa de mortalidade e casos ativos da doença.
“Ficou acertado no encontro com os prefeitos que vamos consultar a área jurídica do governo para avaliar a possibilidade de editar um decreto regionalizado, à luz dos dados apresentados hoje”, explicou o secretário de Gestão de Projetos e Metas, Fernando Mineiro, coordenador do Pacto pela Vida. “Todos estão confluindo para a adoção de ações conjuntas de enfrentamento da pandemia”, reforçou Mineiro, que conduziu a reunião.
Segundo a secretária adjunta Maura Sobreira, a partir desta semana, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) vai enviar recomendações aos municípios que estão nas escalas 3, 4 e 5 do Indicador Composto. A Secretaria vai também reforçar o estoque de oxigênio com o envio de cilindros para as regionais com maior pressão por leitos e está oferecendo curso de capacitação destinado aos profissionais que atuam no atendimento a pacientes em risco de vida.
No Alto Oeste, 70,7% da população está em zona de alerta (amarela) ou de perigo (vermelha); no Oeste, 95,7% estão nessa situação. “Portanto, é extremamente necessário que os municípios unam forças com o Governo para o cumprimento dos protocolos e dos decretos com medidas restritivas”, sugeriu Maura.
Prefeitos e secretários municipais de saúde, presentes à reunião virtual, foram unânimes em lamentar a baixa cobertura vacinal da população e pedir a adoção de medidas mais rígidas, uniformes e urgentes para as duas regiões, onde a taxa de ocupação de leitos críticos era de 100% e havia 29 pacientes na lista de espera por UTI no início da noite desta quarta-feira (19).
O presidente da Associação dos Municípios do Oeste Potiguar (AMOP), Rivelino Câmara, defendeu a publicação de um decreto estadual com foco regional contendo medidas mais duras, capazes de uniformizar os procedimentos. “Não há mais espaço para guerra de decretos”, disse ele.
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