Por falta de chuvas, as contas de luz ficarão mais caras em junho, com a adoção da bandeira tarifária vermelha de patamar 2, segundo anunciou a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A mudança representará um custo adicional de R$ 6,243 para cada 100 kWh consumidos.

Em nota, a agência explicou que maio foi o primeiro mês da estação seca nas principais bacias hidrográficas do SIN (Sistema Interligado Nacional). Por isso, junho deve começar com os principais reservatórios em níveis mais baixos do que o normal para esta época do ano, o que indica redução na geração de energia nas usinas hidrelétricas e aumento de produção nas termelétricas.

“Essa conjuntura pressiona os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD), levando à necessidade de acionamento do patamar 2 da bandeira vermelha. O GSF e o PLD são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada”, acrescentou a Aneel.

O governo publicou na sexta-feira (28) um alerta de emergência hídrica para o período de junho a setembro em cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. É o primeiro alerta desta natureza em 111 anos de serviços meteorológicos no país.

Todas as unidades da federação atingidas estão na bacia do Rio Paraná, polo de produção agropecuária e de grandes hidrelétricas, como a Itaipu Binacional (foto acima). Na região, a situação é classificada como “severa” e a previsão é de pouco volume de chuvas para o período.

A medida corrobora as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, de que o Brasil enfrenta a maior crise hídrica dos últimos tempos.

“Estamos vivendo aqui uma das maiores crises energéticas, crises hidrológicas, do país. Não chove, temos problema”, disse o presidente, em conversa com apoiadores na sexta-feira, transmitida pelo canal “Foco do Brasil”, no YouTube.

UOL com Estadão

 

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