O presidente Jair Bolsonaro afirmou, hoje, que pediu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um “parecer” para desobrigar o uso de máscaras por quem estiver vacinado contra a Covid ou por quem já tiver contraído a doença.

Bolsonaro deu a declaração no Palácio do Planalto, ao discursar durante solenidade de lançamento de programas do Ministério do Turismo. O presidente usou máscara antes e depois do evento – ele só retirou a proteção para discursar.

“Acabei de conversar com um tal de Queiroga – não sei se vocês sabem quem é –, nosso ministro da Saúde. Ele vai ultimar um parecer visando a desobrigar o uso de máscara por parte daqueles que estejam vacinados ou que já foram contaminados. Para tirar esse símbolo, que obviamente tem a sua utilidade, para quem está infectado”, declarou.

Bolsonaro repetiu a pregação que costuma fazer contra o isolamento social. Disse que provoca depressão, fome, violência doméstica e elimina empregos. “A quarentena é para quem está infectado, não é para todo mundo. Isso destrói empregos, mata de outra forma o cidadão, mata de fome, de depressão, aumenta violência em casa, abuso contra criança.”

Em outras ocasiões, Bolsonaro já demonstrou não ter apreço pelas máscaras como forma de proteção contra a Covid.

Em fevereiro, ele usou uma enquete alemã distorcida para criticar o uso de máscaras. Em agosto do ano passado, contrariando a opinião da maioria dos cientistas e especialistas, ele disse a apoiadores que a eficácia de máscara é “quase nenhuma”. Um mês antes, havia vetado parte de uma lei que estabelecia o uso de máscaras em locais públicos – vetou a obrigação no comércio, em escolas, igrejas e templos.

 

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