O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu prorrogar o funcionamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid por noventa dias, impondo mais uma derrota ao governo de Jair Bolsonaro. A estratégia traçada por adversários de Bolsonaro para aumentar ainda mais o seu desgaste não se resume, porém, apenas às investigações sobre ações e omissões no combate à pandemia. Assim que os senadores encerrarem os trabalhos desta comissão, a CPMI das Fake News será retomada. As informações são do Estadão Conteúdo.

A ideia é deixar o presidente “sangrando” até a campanha eleitoral de 2022. Ao mesmo tempo, a oposição também quer levar os militares para o centro das apurações de fraudes e cobrança de propina no Ministério da Saúde, que não se limitam à compra de vacinas contra o coronavírus. O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), pretende convocar o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, sob o argumento de que ele faz “ameaças diuturnas” de golpe no País.

Ao fechar o cerco sobre os militares, a CPI avalia que atingirá Bolsonaro. Os senadores também têm compartilhado frequentemente informações com integrantes da CPMI das Fake News, que está paralisada desde que começou a pandemia, em março do ano passado. Composta por senadores e deputados, esta comissão mista investiga uma rede de notícias falsas em torno de Bolsonaro e já identificou que páginas responsáveis por disseminar ataques virtuais contra parlamentares e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) têm ligação com aliados e até com filhos de Bolsonaro.

 

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