O mês de setembro inicia com uma campanha nacional de alerta para prevenção e diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil. Trata-se do Setembro Dourado, que tem o objetivo de alertar profissionais da saúde, pais e a sociedade em geral sobre a importância de se atentar aos sinais e sintomas que indicam a presença do câncer infantojuvenil, contribuindo com a sua detecção e tratamento precoces.
“Os sintomas são semelhantes a outras doenças comuns na infância, por isso as pessoas tem que estar em alerta para quando as crianças se queixarem por muito tempo de algo, sem haver melhora”, explica Dra. Edvis Serafim, Médica Oncohematologista Pediátrica da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer.
De acordo com o Registro Hospitalar de Câncer da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer, de 2016 a junho de 2021 a Instituição diagnosticou e iniciou o tratamento de mais de 90 casos da doença. Foram registrados 50% dos casos sendo tipos histológicos de Leucemia e Linfoma, 30% de Neoplasia Maligna do Sistema Nervoso Central, 10% de Tumores hepáticos e 10% de Tumores de células germinativas.
“Dor de cabeça e vômitos pela manhã, acompanhado por desequilíbrio. Ínguas no pescoço que crescem sem melhora após um tratamento de uma infecção, por exemplo, ou de crescimento rápido sem causa aparente. Mancha roxa no olho, dor em único local da perna de grande intensidade, aumento do volume da barriga, são alguns dos sintomas que devemos ficar atentos”, destaca a Médica especialista da Liga Mossoroense.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para este ano de 2021, devem ser registrados em todo o Brasil cerca de 8 mil novos casos deste tipo de câncer. O câncer infantojuvenil está relacionado a um conjunto de várias doenças que tem em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do corpo.
A Médica explica que a prevenção não é totalmente possível. Com isso, o que a campanha busca incentivar principalmente o diagnóstico precoce e o correto tratamento, para aumentar as chances de cura da doença. “Alertamos para o diagnóstico precoce, cada vez que algo de estranho do habitual for notado deve-se levar a criança ao pediatra para ser examinada”, frisa Dra. Edvis.
A paciente infantojuvenil Eduarda Maressa foi diagnosticada e tratada na LMECC. Seus pais descobriram que ela estava com a doença em meados de novembro do ano passado. Sua mãe, Margarida Fernandes, conta que ao iniciar o tratamento o mais difícil foi se adaptar à nova rotina, porém o tratamento está sendo tranquilo e atualmente, praticamente recuperada, Eduarda encontra-se realizando as consultas de rotina para controle da doença.
“Inicialmente o mais difícil foi ficar acordada de manhã e ser produtiva nesse primeiro ano de tratamento, devido à quimioterapia sistêmica. No entanto, fomos muito bem recebidas na Liga Mossoroense, que prontamente nos apoiou e nos acolheu, o que não conseguimos nem através de plano de saúde”, ressalta Margarida.
Hoje, já considerada curada da doença e com toda uma vida pela frente, Eduarda comemora o sucesso do tratamento e deixa um recado para os colegas que também estão se submetendo a rotina de quimioterapia ou radioterapia.
“Não estar mais produzindo células de câncer é tão bom quanto ver dinheiro na sua conta no final do mês. Diria aos meus colegas que ao descobrir o câncer pode parecer que é o fim do mundo, mas depois vai ficar tudo bem e melhorar”, destaca Eduarda.
A Médica Oncohematologista da Liga destaca a importância da campanha anual. “A importância de uma vez por ano relembrar que a doença existe e que é rara, porem tem cura com o diagnóstico precoce e o Setembro Dourado, que usa essa cor justamente pela importância do ouro que são as nossas crianças, verdadeiras joias em nossa vida e em cada família”, finaliza Edvis Serafim.
Fonte: Assessoria
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