O feriado de 7 de Setembro foi marcado por manifestações em várias cidades do Brasil. Em Mossoró, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) fizeram a maior movimentação política fora do período de campanha eleitoral, com milhares de pessoas ocupando a avenida Presidente Dutra e o largo do Teatro Municipal.

A concentração aconteceu às 15h em frente ao Posto do Ceguinho, no Alto de São Manoel. Por volta das 16h30, uma enorme carreata realizou a tradicional descida do Alto em direção à Estação das Artes, onde houve o encerramento.

O ato contou com a participação de famílias que aproveitaram o feriado nacional para demonstrarem apoio ao presidente e o patriotismo na data que marca os 199 anos da Independência do Brasil. Segundo a Polícia Militar, a manifestação o contou com a participação de aproximadamente 7 mil pessoas.

Pelo Brasil 

Os atos pró-Bolsonaro do 7 de setembro, ontem, especialmente em Brasília, São Paulo, Rio e Recife lembraram em participação, vibração, emoção e civilidade os grandes atos das diretas já, em 1984. Como nos grandes comícios pela redemocratização, apesar das multidões não houve quebradeiras, brigas ou provocações. Vestidos de verde e amarelo, os que foram às ruas, ontem, mostraram que é possível protestar sem baderna.

Essa é a marca dos bolsonaristas em contraste com os que vestem vermelho em manifestações que poderiam ser iguais, não derivando para violência. O último ato contra o Governo em São Paulo, convocado por partidos de esquerda e entidades, terminou com o registro de depredação contra patrimônio público e agências bancárias, além de violência contra policiais que davam segurança ao evento.

Alguns manifestantes atearam fogo em pontos de ônibus e quebraram vidros de agências com caixas eletrônicos em funcionamento. Eles entraram em confronto com soldados da Polícia Militar de São Paulo e agentes de segurança de uma estação de metrô. Segundo a PM, foram atirados coquetéis ‘molotov’ contra os seguranças e os policiais.

Ontem, em qualquer parte do País, o que se viu foi obediência às determinações dos organizadores. No lugar das quebradeiras, paz, sorrisos, beijos e abraços, gente enrolada na bandeira do Brasil, homens, mulheres e crianças unidas por uma causa só. As multidões, por si só, levam a outra leitura. Se o presidente está tão desgastado e reprovado, conforme atestam as pesquisas, as manifestações não teriam sido um fiasco?

A repercussão foi internacional. O portal norte-americano New York Times atribuiu a convocação das manifestações por parte do presidente à diminuição da aprovação nas pesquisas de opinião, à economia e às investigações judiciais em curso. O Times referiu-se aos atos como “uma demonstração de força que os críticos temem ser um prelúdio para uma tomada de poder”. Além disso, traçou paralelos entre Bolsonaro e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Interpretadas com vários vieses pela mídia nacional, as manifestações de ontem, entretanto, ficarão na história como uma das maiores já vistas no País, no momento em que há uma divisão latente na sociedade entre direita x esquerda, com debate histérico pelas redes sociais que só contribuem para tensionar ainda mais a crise institucional, cada vez mais radicalizada entre as ambas as partes.

Fontes: Blog Ismael Souza e Blog do Magno 

 

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