O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, anunciou neste domingo (12) que a Corte vai promover evento em 4 de outubro para abrir aos partidos políticos o código-fonte das urnas que será utilizado nas eleições do ano que vem.
O movimento do ministro tem o objetivo de dar maior transparência ao processo eleitoral e evitar a narrativa de que há fraudes nas urnas –posição defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Barroso, todas as siglas com representação no Congresso serão convidadas. Os participantes vão assistir uma apresentação detalhada do sistema de apuração. Ele afirmou ainda que os partidos poderão indicar técnicos para analisar o processo eleitoral.
Barroso falou que tudo será transmitido nas redes sociais do TSE. “Não temos nada a esconder. Queremos mostrar para a sociedade a segurança e transparência, mundialmente reconhecida, das eleições brasileiras”. Para ele, dizer que a urna é a mesma de 1996 é um “completo desconhecimento” do processo.
Indagado sobre o que achou da carta de recuo publicada por Bolsonaro com a ajuda de Michel Temer, Barroso evitou comentar assunto. Respondeu: “Essa é uma avaliação para os comentaristas políticos. Não me cabe avaliar isso”.
As declarações de Barroso foram no Rio de Janeiro. Ele passou o dia no Estado para acompanhar o teste de integridade das urnas eletrônicas durante as eleições suplementares de duas cidades cariocas (Silva Jardim e Santa Maria Madalena). Eleitores dos municípios elegeram novos prefeitos e vice-prefeitos que concorreram sob judice nas eleições municipais de 2020.
Segundo Barroso, o sistema do TSE é atualizado a cada ano para dar maior segurança às eleições. O teste de integridade funciona como uma votação simulada que serve para comprovar que o voto digitado é exatamente o recebido e contabilizado.
Poder 360
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