O governo deve elevar em R$ 18 bilhões a previsão de despesas em 2022. Segundo o jornal Valor Econômico, o motivo é a alta do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Ao elaborar o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), a área econômica do governo projetou alta de 6,2% no INPC. Projeções do mercado, no entanto, calculam que haja crescimento de 8,5%.
O Ministério da Economia deve divulgar na próxima 5ª feira (16.set.2021) a grade de parâmetros macroeconômicos atualizada. Com essa informação, será possível ter uma ideia mais concreta do quão subestimado estão os valores indicados no PLOA.
O teto de gastos para 2022 está fixado em R$ 1,610 trilhão. São R$ 136,6 bilhões a mais do que o teto de 2021. Ainda assim, essa quantia extra já está comprometida com pagamento de sentenças judiciais (os precatórios) e outros gastos como benefícios sociais.
O aumento nas despesas complica a situação do governo federal. A área econômica já buscava soluções para acomodar o pagamento dos precatórios –que somam R$ 89 bilhões no próximo ano– sem comprometer o funcionamento da máquina pública. Agora, precisa se preocupar com a despesa extra causada pela inflação.
Uma das soluções que o governo já estuda é via aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios, que permite o parcelamento das maiores dívidas. Outra alternativa é buscar entendimento com o Judiciário para reduzir o valor pago com precatórios em 2022.
Poder 360
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