Aprovada, ontem, a fusão do DEM ao PSL lançou ao País a União Brasil, legenda que apresentará à nação, em breve, uma terceira via ao Palácio do Planalto, na tentativa de quebrar a polarização Bolsonaro x Lula. Segundo as pesquisas, há entre 30% a 35% do eleitorado brasileiro que não quer votar nem em Lula nem tampouco em Bolsonaro.
A União Brasil oferecerá, provavelmente, a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), remanescente do DEM. Fala-se também no apresentador José Luiz Datena, de São Paulo, e no ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ex-DEM do Mato Grosso do Sul, Estado sem importância na composição de uma chapa por ter um eleitorado pequeno.
A união das duas siglas criará a maior legenda com representação na Câmara, com potencialmente 81 deputados. A cúpula do novo partido, no entanto, sabe que haverá defecções, principalmente em março, quando se abrirá o período oficial para trocas de partidos. Praticamente metade da bancada do PSL, que é ligada a Jair Bolsonaro, deverá deixar o partido. Já no DEM, disputas locais também podem causar baixas.
As cúpulas de DEM e PSL querem oficializar a fusão das legendas até outubro. Estimam que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) levará de 3 a 4 meses para homologação. A nova legenda precisará da confirmação até abril para disputar as eleições de 2022. O presidente do PSL, Luciano Bivar, deverá presidir a nova sigla. O atual presidente do DEM, ACM Neto, será o secretário-geral.
Pelo Twitter, ACM definiu a união como “somatório de forças”. “Nascido da fusão de dois partidos fortes e em ascensão – DEM e PSL –, o #UniaoBrasil44 é um somatório de forças que tem como propósito servir de base, de caminho para a pacificação, o diálogo, a conjunção de esforços e a paz que os brasileiros desejam e merecem ter”, disse.
Reações e aprovação – Houve reações no DEM à fusão. O ministro do Trabalho e Previdência Social, Onyx Lorenzoni, que é filiado ao partido, criticou o projeto e disse que “só faria sentido um novo partido se fosse para reforçar a direita brasileira”. Já o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) classificou a iniciativa como um “importante movimento”. Segundo ele, a nova legenda nasce “grande” e com chances de “ser protagonista em 2022”. Para o presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, a fusão entre o DEM e PSL criará um partido “para atacar os direitos do povo”. Segundo o socialista, “não tem como sair coisa boa daí”.
Blog do Magno
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