O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou, nesta segunda-feira (11), que está “à disposição” da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Ele foi convocado pelos senadores a comparecer à sessão do dia 18 de outubro para prestar esclarecimentos sobre os trabalhos do ministério no combate à pandemia.

“Estou à disposição não só do Senado, mas da Câmara, da Procuradoria da República, do poder Judiciário, mas, sobretudo, do povo brasileiro”, disse Queiroga a jornalistas na porta do ministério, quando chegou para trabalhar nesta segunda.

Queiroga já comparaceu à CPI em outras duas ocasiões. Ele ressaltou que, nas outras oportunidades, a média móvel de óbitos por Covid era superior a 3 mil mortes e questionou: “E, hoje, como está?”. “A Campanha Nacional de Imunizacão do Brasil engatinhava, e, hoje, como é que está? Uma das campanhas mais bem-sucedidas do mundo”, completou, defendendo que não há com o que se preocupar durante o depoimento.

“Temos consciência tranquila e sabemos que estamos cumprindo nosso dever para com o governo, para com a sociedade brasileira. Vamos planejar um futuro melhor para a nossa gente”, afirmou Queiroga.

O que motivou a nova convocação de Queiroga foi a demora da Saúde em apresentar um plano de vacinação para 2022. Os senadores também querem saber o motivo de a pasta ter tirado da pauta da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) o relatório que propunha retirar a orientação de medicamentos que compõem o kit Covid no tratamento de pacientes acometidos pela doença.

Após a pressão da CPI, Queiroga convocou coletiva para apresentar o novo plano de operacionalização da vacinação contra a Covid para o ano que vem. Sobre a decisão da Conitec de adiar as discussões que envolvem o kit Covid, o ministro negou qualquer interferência. “Tenho outras coisas mais a fazer do que ficar interferindo em câmara do ministério. Tenho que distribuir vacinas para a população, já distribuí mais de 310 milhões.”

Questionado, Queiroga não quis opinar sobre os trabalhos finais da CPI e disse não acompanhar as oitivas. “Não assisto aos depoimentos porque isso é uma função do Parlamento. Existe a tripartição dos Poderes. Cada um cuida do seu campo. Eu cuido aqui da saúde pública, da saúde de forma geral”, justificou.

Sobre a reclamação dos senadores sobre a demora em apresentar à sociedade os próximos passos da vacinação contra a Covid, o ministro afirmou que a questão está sanada, visto que apresentou, na última sexta (8), os planejamentos.

R7

 

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