O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) vai se reunir, pela penúltima vez este ano, nos próximos dias 26 (terça-feira) e 27 (quarta) para decidir sobre uma nova alta na taxa básica de juros, a Selic. O Comitê já sinalizou que pretende aumentar novamente a taxa, que hoje está em 6,25% ao ano, em 1 ponto percentual, a exemplo do que fez nas últimas duas reuniões. Boa parte dos analistas, contudo, aposta numa elevação ainda maior.
A tendência de alta de juros começou ainda em março, quando o país estava no auge da segunda onda da pandemia. De lá para cá, a inflação disparou e já ultrapassou 10% no acumulado em 12 meses.
A alta de juros é a principal ferramenta do Banco Central para tentar conter o custo de vida, já que o consumo é desincentivado e fica mais caro tomar crédito, por exemplo.
O mercado financeiro, no entanto, acredita que a intervenção deve ser mais ousada. Casas de análise e corretoras apontam que, diante do rápido avanço da inflação, o Copom deveria aumentar a taxa em 1,25 ou 1,5 ponto. Essa percepção ganhou força após o governo ter decidido, na semana passada, romper o teto de gastos para viabilizar um gasto extra de R$ 30 bilhões com o Auxílio Brasil, programa que o presidente Jair Bolsonaro quer implantar no lugar do Bolsa Família, criado no governo petista.
Correio Braziliense
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