A sucessão de Bolsonaro em 22 pode não ser decidida num eventual segundo turno entre Lula e o atual mandatário da República. Há 30% dos eleitores brasileiros incluídos no cenário “nem um nem outro”. Ao mesmo tempo que aparecem na dianteira, faltando menos de um ano para o pleito, Lula e Bolsonaro igualmente detém as maiores taxas de rejeição, respectivamente 46% e 54%, segundo levantamento publicado ontem no Estadão.
Em português claro, está aberta a janela para consolidação da terceira via presidencial. Dentro deste universo, o nome mais conhecido é o do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. Passaram a surgir, entretanto, outras alternativas. A mais recente é a do ex-juiz Sergio Moro, que deve se filiar ao Podemos, influenciado principalmente pelo líder do partido no Senado, Álvaro Dias (PR), que disputou sem êxito a eleição de 2018. Também, já filiado ao PSD, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O MDB sinaliza para a senadora Simone Tebet, a única melhor até agora ventilada para o jogo bruto pela conquista do poder central.
Política não é uma ciência exata, muito menos eleição. Sujeita-se a vários ingredientes, que mudam ao longo de uma campanha. O start de uma corrida presidencial sofre alterações profundas. Historicamente, o fator economia tem dado o norte das urnas. Lula e FHC são provas disso. O primeiro, atingido pelo escândalo do Mensalão, só se reelegeu porque os fatores externos do cenário econômico favoreciam, enquanto FHC surfou na onda do Plano Real. Já Bolsonaro foi consequência do antipetismo, a chaga da corrupção na testa dos governos Lula e Dilma. Também pesou fortemente a facada que levou em Juiz de Fora. O eleitor sem discernimento político adora uma vítima política.
Se o sentimento nem Bolsonaro nem Lula contaminar os diversos segmentos eleitorais, adeus Bolsonaro, adeus volta de Lula. Elegendo o candidato da terceira via, o País não correrá o risco do mesmismo bolsonarista nem arriscará um mergulho no retrocesso, optando pela volta da maior ladroagem já vista neste País. O PT, com Lula mensalão e Dilma Lava Jato, fez uma ferida incicratizável na mente e no coração dos brasileiros.
A partida – Alternativa de terceira via, Sergio Moro já larga com 8% das intenções de voto, mesmo percentual de Ciro Gomes (PDT), na estrada tem tempo. Segundo uma pesquisa qualitativa encomendada pelo Podemos, a população ainda acredita fortemente em Moro e o aponta como justiceiro. Entre as virtudes, o fato de ter colocado Lula no xilindró para ver o sol nascer quadrado por mais de um ano. Líderes do Podemos andam muito otimistas com o potencial de crescimento de Moro.
Fonte: Blog do Magno
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